Familiares e ativistas suspeitam de homicídio
FBI investiga casos de enforcamentos nos EUA
Em meio aos protestos antirrascistas pelo mundo, os corpos de Robert Fuller (24) e Malcolm Harsch (38), ambos negros, foram encontrados pendurados em uma árvore no sul da Califórnia, nos Estados Unidos. As mortes por enforcamento de Harsch e de Fuller ocorreram, respectivamente, no dias 31 de maio, em Victorville, e 10 de junho, em Palmdale. Autoridades locais alegam não ter evidências de crime em ambos os casos, apontados como suicídio. Porém, devido a protestos das famílias e dos ativistas, que suspeitam de homicídio, os óbitos serão investigadas pelo FBI. O ocorrido lembrou a maneira de agir da Ku Klux Klan, um grupo defensor da supremacia branca.
A rapidez com que o caso foi encerrado levou o advogado que representa a família Fuller, Jamon Hicks, a criticar a polícia local na terça-feira (16): "É extremamente preocupante, especialmente dada a forma como o senhor Fuller foi encontrado, pendurado em uma árvore. Para os americanos, pendurar em uma árvore é linchamento".
Os investigadores estão procurando por imagens de câmeras de segurança no local e examinando o celular de Fuller. As autoridades declararam que, apesar da necropsia realizada dia 12, irão esperar a análise do histórico médico e os resultados dos exames toxicológicos antes de fazer qualquer anúncio. "Meu irmão não era um suicida. Meu irmão foi um sobrevivente", comentou Diamond Alexander, irmã de Fuller, em uma vigília no fim de semana.