Funcionários fazem denúncias sobre rotina hospitalar
Cresce número de irregularidades no Salgado Filho
Profissionais de saúde do Hospital Municipal Salgado Filho, localizado no bairro do Méier, Zona Norte do Rio, apontaram novas irregularidades na rotina de funcionamento da unidade. Uma delas se refere à superlotação da emergência do local enquanto ainda há leitos livres. A falta de médicos também é um problema apontado pelos profissionais – eles ainda afirmam que apesar da proibição para realização de cirurgias eletivas, os procedimentos continuam sendo realizados, contrariando o decreto da Prefeitura.
“Todo dia tem entre 12 e 16 cirurgias, como se nada tivesse acontecendo, né? A determinação da Anvisa, ela é muito clara em relação a isso. Não só da Anvisa, como do governo estadual e do próprio prefeito Marcelo Crivella, que eram para se acabar [sic] com as cirurgias eletivas e ficar com as cirurgias emergenciais, o que não é o caso nesse momento”, relatou ao G1 um profissional que não quis identificar-se. As cirurgias eletivas foram suspensas na cidade desde o dia 16 de março – as exceções são os procedimentos cardiológicos e oncológicos.
Segundo o mapa cirúrgico do hospital, acessado pelo G1, às 8h do dia 6 de maio foi realizada uma cirurgia de colecistectomia. Os profissionais afirmam que são obrigados a entrar no centro cirúrgico. “É um assédio moral completo. Se o profissional não quiser fazer será punido. Alguns profissionais se submetem a isso para não terem represálias”, enfatizou o mesmo funcionário.