Diversidade nos esportes eletrônicos
Projetos impulsionam inclusão racial nos eSports
O racismo estrutural e a desigualdade social presentes no Brasil se refletem na baixa presença de negros em atividades como a dos eSports. Projetos como o Wakanda Streamers e o AfroGames se destacam no mundo dos games com atuações em prol da inclusão racial.
O carioca Tales Porphírio criou o Wakanda Streamers pensando em uma rede de apoio, troca de experiências, incentivos e orientações para streamers negros. O projeto fez uma enquete no Twitter perguntando quantos streamers negros as pessoas conheciam. A pesquisa contou com 3.069 participantes: destes, 44% responderam não conhecer nenhum streamer negro, 43% disseram conhecer entre um e três, e 9% conheciam entre três e dez. Apenas 4% dos respondentes afirmaram conhecer mais de dez. A rede Twitch do Wakanda Streamers reúne aproximadamente 80 streamers negros.
Outro projeto que visa incentivar a participação de negros no segmento dos games é o AfroGames, primeiro centro de treinamento de atletas de eSports do mundo dentro de uma favela. Inaugurado em maio de 2019, o centro é uma iniciativa do Grupo Cultural AfroReggae e está localizado no bairro de Vigário Geral, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Fusion, o AfroGames oferece aulas de League of Legends, Fortnite, programação e inglês.