Lixo ao mar
Poluição da Baía de Guanabara gera prejuízo ao Rio
O descaso de décadas somado a projetos de despoluição que nunca saíram do papel fazem o Rio de Janeiro perder cerca de R$ 50 bilhões por ano devido à falta de cuidados com o ecossistema da região. Os impactos também são sentidos na saúde, transporte e turismo em todo o estado. Esse número foi calculado com base em estudos das universidades, da Fiocruz e do Clube de Engenharia, segundo a ONG Baía Viva.
A Baía de Guanabara envolve várias cidades do estado do Rio de Janeiro, formando um desenho único devido a suas belezas naturais. Vista de longe, encanta pelas formações singulares como o Pão de Açúcar, o Morro da Urca, a Mata Atlântica, ilhas e belas praias. De perto, porém, são muitas garrafas, sacos plásticos e esgoto, resultados da poluição causada principalmente pela ausência de políticas de tratamento de resíduos.
O fundador da ONG Baía Viva, Sérgio Ricardo, afirma que a Baía de Guanabara é "um cemitério de obras abandonadas", se referindo às obras iniciadas e não finalizadas que amenizariam, entre outras coisas, os efeitos do despejo de esgoto. “O Rio de Janeiro é um lugar privilegiado, que tem duas baías em seu território e um complexo lagunar. Isso deveria ser o motor da economia do Rio, essa vocação para o ecoturismo", destacou Sérgio, em entrevista ao site G1.