Trabalhadores pretos ganham em média 40,2% menos que os brancos por hora trabalhada, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre do ano. Em média, brancos ganham R$19,22 por hora, pretos R$11,49 e pardos R$11,84.

A população brasileira é representada 47% por pessoas autodeclaradas pretas e 9,1% por pessoas pardas, mas em questões de empregabilidade a população preta representa 10,2% e a parda 45%. O nível de escolaridade é apontado como um dos principais fatores dessa desigualdade: 65,1% dos cargos de nível superior são ocupados por pessoas brancas, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Apesar de o incentivo de políticas públicas, como as cotas raciais, oferecer oportunidades para inserção da população negra e parda no mercado de trabalho, com intuito de desenvolver também que estas pessoas qualifiquem-se para ocupar cargos superiores dentro das instituições e empresas privadas, as pesquisas apontam que mesmo entre pessoas com a mesmo grau de instrução há diferenças de remuneração por cor.