Venda de refinarias da Petrobras não resolve problemas
Falta infraestrutura no mercado de combustíveis
De acordo com pesquisa realizada pela Leggio Consultoria, a venda de oito refinarias pela Petrobras – Abreu e Lima (PE), Landulpho Alves (BA), Presidente Getúlio Vargas (PR), Alberto Pasqualini (RS), Gabriel Passos (MG), Isaac Sabbá (AM), Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (CE) e Unidade de Industrialização do Xisto (PR) – não é suficiente para gerar concorrência no mercado de óleo e gás. Aguardada pelos consumidores, a competição no mercado pode estar mais longe do que se espera, segundo a consultoria.
Para que a competição aconteça, será necessário ampliar a infraestrutura para movimentação de combustíveis em portos, dutos e ferrovias – só assim a produção será escoada até as regiões consumidoras. Como a Petrobras não projetou as refinarias para que competissem entre si, elas estão localizadas em regiões distantes umas das outras. Contudo, é necessário que exista capacidade portuária para realizar o transporte do produto pelo país.
Duas medidas poderiam ser implementadas, segundo a Leggio: o Ministério da Infraestrutura dar prioridade a leilões e autorizações para terminais marítimos nos estados da BA, SC e RS, e/ou incentivar o transporte ferroviário para internalização de combustíveis, facilitando a movimentação de combustíveis e químicos. Estas ações teriam um impacto positivo na ampliação da infraestrutura logística para
movimentação de combustíveis, necessária à consolidação da competição no mercado de derivados de petróleo no Brasil.