Chile enfrenta maior onda de protestos de sua história

Texto: Rayanne Santos • Foto: Wikimedia 1/NOV/2019 Internacional
Reconhecido pelo seu bem-sucedido modelo econômico e pela participação em grandes acordos comerciais, o Chile teve a sua imagem alterada quando centenas de milhares de cidadãos saíram às ruas para protestar contra a desigualdade no país e para reivindicar a implementação de reformas sociais concretas. O "pontapé inicial" foi dado nos dias 17 e 18 de outubro, após o aumento no preço da tarifa do metrô. Com a repressão do governo, os manifestantes se multiplicaram e o movimento tornou-se ainda maior, passando a incluir novas pautas.

Apesar de o aumento da tarifa ter sido revogado, os protestos prosseguiram e o governo implementou medidas de segurança, como estado de emergência e toque de recolher.

No dia 25 de outubro, a “maior manifestação da história” do Chile foi convocada e mais de 1,2 milhão de pessoas se reuniram ao redor da Plaza Italia, principal palco de manifestações da capital Santiago. Foi a partir disso que o governo buscou manter um diálogo com as reivindicações.

O presidente Piñera renunciou todo o seu gabinete de ministro, o que era muito solicitado, e o estado de emergência foi revogado no dia 27 de outubro. Atualmente, a capital ainda não retomou sua vida cotidiana e as manifestações seguem acontecendo, porém com uma forma menos intensa que na semana anterior.