Mudanças no ensino
Covid-19 causa impactos na educação brasileira
Há cerca de 45 dias as instituições de ensino começaram a suspender as aulas presenciais devido ao avanço do novo coronavírus. A alternativa para muitas faculdades e escolas em meio à pandemia foi apostar em aulas remotas, enquanto outras já optaram por paralisar totalmente o cronograma letivo - ou nem iniciá-lo. Sem previsão para a retomada das aulas, a educação sofre com as incertezas da Covid-19.
A sala de aula passou a ser virtual, e através das chamadas de vídeo o contato entre aluno e professor continua ativo. A decisão do ensino remoto garante o avanço do calendário escolar, mas esbarra na realidade do brasileiro: 30% da população do país não possui acesso à internet. As mais afetadas são as classes D e E, nas quais 52% da comunidade não têm internet. Sem conseguir se conectar virtualmente, o aluno acaba prejudicado em relação aos demais.
Apesar da alteração da rotina escolar, o Exame Nacional do Ensino Médio mantém o calendário do Enem 2020, confirmando a prova presencial nos dias 1° e 8 de novembro. A decisão de manter ou suspender os vestibulares ainda não é consenso entre as instituições. Enquanto a Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) manteve o cronograma de provas para ingressar na USP, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) optou por suspender a primeira fase do exame deste ano.