O Brasil, que tradicionalmente começa os discursos nas assembleias gerais da Organização das Nações Unidas (ONU), terá o presidente Jair Bolsonaro fazendo nesta terça-feira (15) o discurso que abre a 75ª assembleia geral da organização. Em meio à pandemia da Covid 19, que afeta severamente o país, Jair Bolsonaro deverá comentar sobre a situação dos desmatamentos e queimadas na floresta amazônica e no pantanal. Deve destacar também o cenário econômico atual, afetado pelo novo coronavírus. O mundo acompanha com preocupação a atuação do governo brasileiro com relação à preservação ambiental e espera respostas do mandatário.

O vice-presidente Hamilton Mourão, que assumiu no começo do ano a tarefa de coordenar o enfrentamento ao desmatamento, deve ter seu nome citado por Bolsonaro no combate às queimadas no Brasil, ainda que dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (Nasa) demonstrem que desde o início da atuação de Mourão e do Exército Brasileiro na floresta amazônica a situação só piorou. Apesar de grandes "players" políticos e econômicos, nacionais e internacionais, confrontarem diretamente a política adotada por Bolsonaro, a tendência é que o chefe do executivo brasileiro se mantenha firme no discurso que o elegeu e que pratica desde que assumiu.