Na última sexta-feira (4), a Associação Nacional dos Servidores de Meio Ambiente (Ascema) divulgou um dossiê de 34 páginas denunciando o desmonte das políticas públicas de meio ambiente durante o governo Bolsonaro. O documento será entregue ao Congresso e à Organização das Nações Unidas (ONU), além de outras entidades internacionais. Servidores esperam que a repercussão do documento acelere reformas de práticas ambientais.

Nomeado de “Cronologia de um desastre anunciado: ações do governo Bolsonaro para desmontar as políticas de meio ambiente no Brasil”, o documento reúne cronologicamente ações e posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro desde 2018, ainda antes de ser eleito, e de outras autoridades do governo, como o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Em carta introdutória, funcionários denunciam ataques constantes a órgãos e entidades socioambientais, aumento em número e extensão de incêndios florestais e desmatamento da Amazônia e extinção de setores e cargos no Ministério do Meio Ambiente.

“A gente espera que esse documento sirva de base para que essas denúncias prosperem em alguma medida no campo legislativo e também judiciário, de modo que em algum momento a gente consiga frear essa sanha destruidora", declarou Denis Rivas, vice-presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) em coletiva de imprensa online.