Intolerância religiosa no futebol
Após fala preconceituosa, irmã repreende técnico
Depois da vitória de 2 a 1 diante do Red Bull Bragantino na última segunda (2), Renato Gaúcho usou a expressão “time de freiras” para justificar a performance de jogadores em campo. Ao saber do episódio, Celassi Dalpiaz, diretora do Colégio Santa Inês, em Porto Alegre, rebateu a atitude do técnico em um artigo inédito. De acordo com o site UOL, essa mesma frase foi utilizada pelo técnico em outras oportunidades.
Em partes do discurso, o treinador reforça que “não é padre” e que, se o jogador de futebol não pode discutir em campo, possui duas opções: “Pôr o time de freiras ou o time de mudos”. A partir desse posicionamento, a irmã interpretou que ele fez menção a uma religiosa que abaixa a cabeça sem lutar e contestou: "A indignação é que nos move e que nos faz olhar além do que vemos, tomar frente às situações de injustiças e, muitas vezes, ser resilientes”.
Ainda de acordo com a escrita de Dalpiaz, não é a primeira vez que ela se dirige a programas de rádio e TV por ouvir frases naturalizadas pelo cotidiano para fazer comparações. Como profissional da educação, sugeriu a Gaúcho que, por ser um esporte que arrasta multidões, poderia usar o futebol para mudanças sociais: “Deixo minha contribuição para podermos mudar de paradigmas e fazermos, juntos, uma revolução que educa”.