O que deveria ser um momento de festejo e união virou cenário de guerra antes da partida entre Vasco e Botafogo, no dia 16 de outubro. Dois torcedores que estavam indo para a partida foram surpreendidos e atacados em um posto de gasolina por um grupo com cerca de 10 homens que seriam, de acordo com testemunhas, torcedores do Flamengo.

Chama a atenção a realidade com a qual o fanatismo ultrapassa as barreiras do respeito e da tolerância. Casos de violência já fazem parte do cotidiano futebolístico e não são raros os relatos de agressões entre torcedores rivais seja nos estádios, nos bares ou na internet. Esse panorama expõe a desvalorização daqueles que verdadeiramente amam o futebol. Segundo dados da Pesquisa de Mestrado da Universo, coordenada por Mauricio Murad, em 2017 o Rio de Janeiro registrou 104 episódios violentos entre torcedores, que resultaram em 11 mortes – outros sete casos ainda estão sob investigação.

A violência dentro e fora dos estádios ocorre em todas as regiões do país – por isso, não é uma meta a ser enfrentada apenas por torcedores. "Temos que fazer uma ação conjunta mais eficaz entre clubes, torcedores e o poder público e propor políticas públicas para acabar com a violência”, opinou o torcedor tricolor Victor Barbosa.