Discriminação no esporte
Casos de racismo assombram futebol europeu
O esporte que reúne diferentes povos, culturas e nacionalidades sem distinção de raça, credo ou origem foi mais uma vez palco para a discriminação racial. Pelo Campeonato Italiano, o jogador Mário Balotelli, do Brescia, ouviu no dia 3 de novembro insultos direcionados a ele por parte da torcida do Hellas Verona aos 10 minutos do segundo tempo. O atleta ameaçou deixar o campo após as ofensas, mas foi convencido pelos companheiros de equipe a permanecer no jogo, marcando assim, um gol nos minutos finais da partida em resposta, dentro de campo, para o lamentável ato de alguns dos torcedores na arquibancada.
Casos de discriminação racial são recorrentes na Europa, e os mais recentes ocorridos em partidas de futebol demonstram que o preconceito mancha a história do esporte. Apesar dos ataques, a Uefa, maior entidade esportiva do mundo, ainda encontra problemas para evitar esse tipo de acontecimento. Campanhas e ativismo da instituição não foram o suficiente, já que ao menos de um mês, outro caso racial já tinha sido relatado no continente europeu: no duelo entre Atalanta e Fiorentina, o lateral Dalbert avisou ao árbitro que a torcida da casa gritava cantos racistas para ele.
Em resposta ao ocorrido, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, declarou oposição aos ataques racistas. “Não podemos aceitar isso. Devemos sempre nos esforçar para fortalecer nossa determinação”.