Apesar das campanhas e orientações espalhadas em postos por todo país, o número de casos de gravidez na adolescência cresceu nos últimos tempos. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 18% dos nascimentos no Brasil são frutos de uma gravidez precoce.

O aumento dessa porcentagem traz alertas para a saúde da adolescente e do bebê. Problemas como hipertensão, depressão, falta de acompanhamento médico durante a gravidez, parto prematuro e abortos são os principais riscos para essas vidas. Por outro lado, a situação socioeconômica e a falta de apoio familiar contribuem negativamente nessa gestação. Nesta nova fase, as meninas abandonam os estudos para cuidar do filho e criam - ou prolongam - a dependência econômica dos familiares.

Encarar esse novo mundo na juventude pode parecer preocupante, mas para a jovem mãe Daniele Rodrigues, abandonar a gestação não foi uma opção, apesar do medo e dos riscos. Aos 16 anos, a adolescente saiu da casa de seus pais e abandonou os estudos por conta da gravidez. Contudo, ela não se deixou abalar pelas dificuldades, e junto com o marido, assumiu as responsabilidades da maternidade. "Ela não foi esperada, mas é o melhor presente que eu poderia receber", contou, emocionada.