O 'jeito carioca' de transgredir

Texto: Mariana Rocha • Foto: Reprodução / Internet 13/SET/2020 Cultura
Jogar lixo no chão. Usar o celular dentro de agências bancárias. Tomar banho de sol na praia em meio à pandemia do novo coronavírus. Tudo isso é rotina para os cariocas – e pouco importa o que é proibido pelas autoridades.

O carioca é caracterizado internacionalmente pela alegria, carisma, receptividade e natureza extrovertida. Mas na atualidade atua em compasso com a gestão governamental e comportamento dos políticos: a falta de fiscalização do poder público, somada com exemplos de corrupção e impunidade na política, acaba se refletindo na cultura da desobediência, alimentando o chamado "jeitinho carioca". Em entrevista à "Gazeta do Povo", Luciana Ramos, professora do curso de Direito da FGV-SP, afirmou que o que tem ocorrido é que o indivíduo analisa o “custo-benefício” de cumprir, ou não, determinada regra. Assim, antes de cometer uma transgressão, ela questiona – ainda que de modo involuntário – quais são as reais chances de ser punido e, caso isso ocorresse, qual seria a punição.

O não cumprimento de leis e normas gera punição para quem descumpre e perdas para a sociedade como um todo. Para o bem-estar dos moradores da cidade maravilhosa, o respeito às regras é o caminho para minimizar situações problemáticas.