“Estude, de qualquer lugar, de diferentes formas. Por livros, internet, com a ajuda a distância dos professores”, diz a peça publicitária do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que começou a ser divulgada nesta segunda-feira (4), pelo Ministério da Educação (MEC) no Twitter. Na propaganda, o gabinete reafirma as datas de inscrição e a realização do exame, contrariando entidades como a União Nacional de Estudantes e o Conselho Nacional de Educação, que pediam remarcação da prova.

Questionado sobre a decisão, o ministro da pasta, Abraham Weintraub, declarou, em reunião virtual com senadores nesta terça (5), que o Enem não foi feito para corrigir injustiças. "A maioria dos senadores defende que o Enem seja adiado, mas o ministro acha que isto não deveria ocorrer. Ele não considerou nem o fato de que parte dos jovens não têm acesso à internet", relatou o líder do PSD no Senado, Otto Alencar, ao jornal Folha de S. Paulo.

Com as aulas suspensas devido à pandemia do novo coronavírus, estudantes manifestaram sua insatisfação com o calendário do exame nas redes sociais. “O adiamento da prova seria o essencial para nos prepararmos devidamente diante do cenário que estamos vivendo. A insatisfação de alunos de escolas públicas não pode ser ignorada”, afirmou Alice Cabral, estudante do terceiro ano do ensino médio do Ciep 358 Alberto Pasqualini, em Nova Iguaçu.