'Meu nome é Bagdá' é premiado no Festival de Berlim

Texto: Luíza Ventura Lima • Imagem: Giulia Del Bel - divulgação 5/MAR/2020 Cultura
O filme brasileiro "Meu nome é Bagdá" recebeu no dia 28 de fevereiro o prêmio de melhor longa na mostra Generation 14Plus do Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale. Essa categoria é dedicada a obras focadas no cotidiano de jovens ao redor do mundo.

Dirigido por Caru Alves de Souza e inspirado no livro “Bagdá - O skatista”, de Toni Brandão, o filme retrata a vida de Bagdá, uma jovem skatista de 17 anos, que vive na Freguesia do Ó, periferia da cidade de São Paulo. Na trama, Bagdá é rodeada por amigos homens, passa os dias fazendo manobras na pista local de skate e jogando cartas, até se aproximar de Vanessa. Juntas, elas conhecem outros grupos com meninas skatistas, criando laços de amizade.

O enredo destaca as dificuldades envolvendo direitos das mulheres, luta contra a discriminação e questões LGBTI+. A protagonista é interpretada pela skatista Grace Orsato. O elenco também é composto por Karina Buhr, Suzy Rêgo, Marie Maymone, Helena Luz, Nick Batista e Gilda Nomacce.

O longa é caracterizado por uma equipe formada em sua maioria por mulheres e foi o primeiro a receber um prêmio para o Brasil nesta edição do Festival, em decisão unânime do júri internacional.

“O filme é dominado por mulheres fortes, que não precisam sofrer ou fazer papel de vítima para testar a força que têm”, descreveu a cineasta Caru Alves, em entrevista para o Jornal O Globo.