O levantamento "Vozes da educação", feito pelo Instituto Unibanco, analisou 27 países e mostrou que apenas dois deles (Alemanha e Japão) mantiveram inalterados a data e o conteúdo de suas provas nacionais de seleção universitária – avaliações equivalentes ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujo calendário está mantido, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Países como França, Rússia e Gana aplicaram mudanças como adiamento das provas, cancelamento dos testes, redução do conteúdo cobrado, e substituição da versão escrita por uma online, a distância. Itália e Finlândia ainda não definiram se manterão, adiarão ou alterarão as provas.

No Chile, por exemplo, as provas aplicadas no fim do ano vão abordar somente temas considerados essenciais para a última etapa do ensino médio. As provas de linguagem, matemática e de história cobrarão menos assuntos dos alunos. No Egito, as questões do exame nacional só incluirão conteúdos ensinados antes do fechamento das escolas.

No Brasil, estudantes e instituições de ensino pediram o adiamento do Enem, que será realizado em novembro. A alegação é que o ensino remoto, adotado devido ao fechamento das escolas, não está disponível para todos os candidatos, e os impactados pela ausência de equipamento e internet de qualidade estariam em desvantagem, portanto, no preparo para o Enem.