O estudo "Inclusão financeira no Brasil", conduzido pelo instituto de pesquisa Plano CDE, afirma que 46% das classes A e B realizam empréstimos e usam para empreendimento no Brasil. Realizada entre 26 de julho a 9 de agosto, a pesquisa apontou que, além de montar o próprio negócio, também são feitos empréstimos para financiar ou reformar imóveis. Ou seja: os mais ricos usam dinheiro emprestado para fazer mais dinheiro.

Por outro lado, quando questionadas, 50% das famílias das classes C, D e E afirmaram que pegaram empréstimos para pagar contas essenciais do mês como água, luz e compras de mercado. E que, para complementar renda, fizeram horas extras, além de vender eletrodomésticos e procurar por outras alternativas de emprego informal. Para Maurício Prado, diretor do Plano CDE, a situação é preocupante. “Salta aos olhos essa questão da necessidade dos empréstimos para comprar comida, indicando a situação grave que uma série de famílias enfrenta atualmente”, alertou no estudo.

Quando se trata de todas as classes juntas, 42% declaram ter alguma dívida em atraso. A pesquisa teve abrangência nacional e entrevistou 2.370 pessoas maiores de 18 anos de todas as classes sociais.