Educação superior acumula bloqueio e cortes de verbas

Texto: Kartina Neves de Oliveira • Foto: Fábio Caffé - Coordcom/UFRJ 19/OUT/2022 Educação
Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), o Ministério da Educação sofreu o seu maior congelamento de verbas neste ano. A verba que é usada para manter a infraestrutura das universidades federais está cada vez mais escassa, fazendo com que se torne insustentável que as universidades continuem de portas abertas.

De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o corte representa 5,8% do orçamento do MEC, sendo bloqueados ao longo do ano R$763 milhões da verba anual das instituições federais. Para a Andifes, o novo congelamento coloca em risco todo o sistema das universidades e afetará despesas já comprometidas.

O decreto determinando o novo bloqueio foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia Paulo Guedes, e afeta diretamente as despesas básicas das universidades, como a manutenção da infraestrutura das universidades, segurança, limpeza, subsídio para os restaurantes universitários, luz e água, além de impactar no pagamento de bolsas e auxílios estudantis e nos repasses para pesquisas e projetos de extensão. Segundo o cenário que está sendo debatido no Congresso, ao contrário do que prevê o projeto de lei orçamentária para 2023 as consequências dos cortes serão as dívidas milionárias.