No dia 29 de setembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou em nota que o aumento do número de casos de Covid-19 apresenta números atuais acima do esperado. A instituição deixa claro que o quadro é reversível, desde que medidas de isolamento e proteção sejam cumpridas.

Em Manaus a primeira onda do novo coronavírus ocorreu entre os meses de abril e maio, tempo em que as funerárias e o sistema de saúde se encontravam em colapso na capital. O governo voltou a entrar em alerta após quatro meses de flexibilização e fechou bares, balneários e praias.

Em sua nova pesquisa, a Fiocruz apontou que Manaus vive uma segunda onda da doença e recomendou um lockdown (bloqueio total de circulação de pessoas) para conter avanço, medida já rejeitada pelo governo. Até essa terça, o Amazonas registrava mais de 137 mil casos, com mais de 4 mil mortes pela Covid-19.

Nas últimas duas semanas, houve aumento de 50% no número de casos da Covid-19 na capital. A causa, segundo a instituição, seria por conta da pausa no fluxo de dados e na exposição de pessoas da região que estão protegidos até o momento. Outro indicador é o aumento na taxa de ocupação de leitos, que hoje atinge 60%. A Fiocruz apontou maneiras de reverter o quadro atual com medidas de redução do contato entre pessoas, o reforço das medidas de proteção e aumentando o número de testes para casos suspeitos.