Em um mundo que é praticamente todo orientado pelo visual, seja na educação, na política, nas relações pessoais, na religião ou no esporte, os deficientes visuais enfrentam muitos desafios. E a tecnologia tem uma função importante quando se trata de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

No Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para estas pessoas, atividades básicas do dia a dia, como ler, escrever, pegar um ônibus, achar algum objeto perdido pela casa ou atravessar ruas, são infinitamente mais complicadas. Essa situação de exclusão foi agravada com a chegada dos smartphones sem botões físicos, uma vez que a tela lisa e sem um referencial tátil praticamente tornou-se uma barreira de vidro para a inclusão digital.

Graças aos avanços tecnológicos surgiram algumas alternativas que trazem de volta a autonomia e melhoram a qualidade de vida. Um exemplo é o aplicativo Be My Eyes, que conecta deficientes visuais com voluntários que estão dispostos a ajudar em tarefas do dia a dia, como ver a validade em algum produto no mercado ou até mesmo a indicação do semáforo. Além desse existem diversos aplicativos que aumentam o tamanho das letras além do padrão do aparelho, ajudando pessoas com baixa visão a terem mais autonomia.