O presidente Jair Bolsonaro fez mais uma de suas declarações polêmicas. No dia 31 de agosto, em um discurso na porta do Palácio da Alvorada, após ser abordado por uma mulher que se identificou como profissional da área de saúde, o presidente disse que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, contradizendo uma lei de iniciativa de seu próprio governo.

A fala ignora uma determinação de fevereiro deste ano que foi sancionada por Bolsonaro. A lei nº 13.979/20, chamada "Lei do Coronavírus", diz que na atual situação da pandemia as autoridades podem obrigar a população a tomar vacina. A peça foi assinada por Luiz Henrique Mandetta, que na época era o ministro da Saúde, e já continha o artigo 3, que coloca a vacinação compulsória como uma das medidas para enfrentamento na crise de saúde pública.

Nesta terça (1° de setembro) a frase foi reproduzida pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) como uma peça publicitária. A imagem repetia a fala de Bolsonaro justamente com a frase “O governo do Brasil preza pelas liberdades dos brasileiros”. No dia seguinte, a Secom fez mais uma publicação, alegando que segundo pesquisas cerca de 90% dos brasileiros tomarão a vacina contra a Covid-19.