Inglesa não pode virar a cabeça pra esquerda

Texto: João Castañeda • Foto: Pixabay 1/NOV/2019 Saúde
Rachel Pighills tem 33 anos e foi diagnosticada com várias doenças. Uma delas é chamada de Platybasia e afeta a medula espinhal e a cabeça, causando assim a impressão basilar. Isso significa que o crânio afunda sobre a cabeça e pressiona o tronco cerebral, gerando uma decapitação interna. Rachel usa um colar cervical pra impedir a movimentação do pescoço, mas o colar só pode ser usado quatro horas por dia, para evitar perda de massa muscular.

Os sintomas começaram a surgir em 2017, quando ela começou a tomar um remédio para tratamento do distúrbio que causa a hiperatividade do sistema imunológico. Desde então começou a vomitar com frequência e isso a fez perder 38kg em seis semanas. Após uma ressonância, os médicos descobriram que ela tinha a doença de Addison, que faz com que o corpo não produza hormônios esteroides de maneira suficiente – se o nível de cortisol no corpo dela cair demais, ela pode morrer.

Rachel buscou entender com mais profundidade o que acontecia com ela, e acabou descobrindo que também tem a síndrome de taquicardia postural ortostática (Pots). Isso faz com que o coração bata mais rápido que o normal e ocorre sempre que a pessoa está em pé ou sentada, causando tontura e enjoos.

A britânica e sua família mudaram-se pra uma casa mais perto do trabalho dela e da escola da filha, para diminuir o trajeto e o esforço, mas na nova casa ela bateu a cabeça no ventilador de teto e a situação se agravou ainda mais. Há apenas três cirurgiões no mundo que podem fazer as operações, mas o valor é extremamente alto: US$ 174 mil (cerca de R$ 700 mil). Até agora os familiares conseguiram juntar US$ 15 mil, o suficiente apenas para as ressonâncias.