A supremacia quântica, um marco histórico para a computação, teria sido atingida por um processador da Google, segundo uma notícia divulgada no site da Nasa e rapidamente tirada do ar. Desde novembro de 2018, o Google já havia anunciado planos para uma parceria com a agência espacial dos Estados Unidos. Segundo o jornal Financial Times, o novo processador resolveu em três minutos e vinte segundos um cálculo que o supercomputador mais avançado da atualidade, Summit, levaria dez mil anos. O domínio da supremacia quântica significa a capacidade de resolver problemas que se mostrariam impossíveis para os computadores clássicos, o que será um grande salto no campo da computação.

Entre as áreas que primeiro se beneficiariam com a tecnologia estão a da comunicação, economia, criptografia, inteligência artificial e machine learning. Diferente do bit clássico, que pode significar zeros e uns, o bit quântico ou qubit é descrito por um estado ou vetor quântico e pode representar os dois valores ao mesmo tempo. Essa característica, segundo os autores do artigo removido do site da agência espacial mas "capturado" pelo jornal, “anuncia o advento de um novo paradigma computacional muito esperado”, podendo ser considerado o salto exponencial previsto pela Lei de Moore. Ainda não foi revelada a função do processador quântico, mas especialistas alertam que não há previsão para quando essa tecnologia poderia se tornar acessível para fins práticos e uso doméstico.