Universidades federais aderem a greve de 48 horas

Texto: Fernanda De Rosa • Foto: Divulgação / Aduff 4/OUT/19 Educação
No dia 2 de outubro, algumas instituições federais de ensino superior do país suspenderam aulas em prol da educação. A greve geral, que foi convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), teve como objetivo protestar contra os bloqueios no orçamento do ensino superior público, cortes e suspensão de bolsas de incentivo à pesquisa do CNPq e da Capes, e o programa Future-se.

A mobilização foi liderada por professores e estudantes de diversas universidades federais e ocorreu em 21 estados brasileiros – mais o Distrito Federal –, de acordo com lista divulgada pela UNE no Twitter. A greve, que durou 48 horas, se estendeu até o início da noite do dia 3.

Em entrevista ao portal “Correio”, a diretora social da Associação dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Clarice Pereira, argumentou sobre os cortes de verbas. “A educação é a coisa mais importante que temos e é em defesa disso que estamos aqui, numa manifestação unificada junto a outros servidores”, concluiu.

No final de março deste ano, o governo de Jair Bolsonaro publicou um decreto que bloqueava mais de R$ 29 bilhões em gastos. A área da educação foi a mais afetada, tendo o maior bloqueio (R$ 5,83 bilhões) comparada às demais. Em julho, houve mais contingenciamento de verbas (R$ 348,87 milhões). Por outro lado, no dia 27 de setembro o CNPq informou que o pagamento de outubro das 80 mil bolsas em vigor estava assegurado, graças a um remanejamento dos recursos após acordo com o Ministério da Economia. E em 30 de setembro, quase R$ 2 bilhões foram liberados para educação, assim como 3.182 novas bolsas de pós-graduação.