Longa empodera ao tratar de mulheres guerreiras
Viola Davis visita Rio para promover 'A Mulher Rei'
Dona de um Oscar, a atriz e produtora norte-americana Viola Davis veio ao Rio de Janeiro para divulgar seu novo filme, "A Mulher Rei", na companhia de seu marido e produtor do filme, Julius Tennon. A trama, dirigida por Gina Prince-Bythewood e que estreia nesta quinta (22), se passa entre os séculos XVII e XIX, em torno de Nanisca (Viola Davis), a comandante de um grupo de mulheres guerreiras do Reino de Daomé, na África, responsáveis por defender suas terras e seu povo de serem escravizados pelos colonizadores franceses.
Em entrevista coletiva no Copacabana Palace, Davis e Tennon conversaram sobre as portas que esse filme pode abrir para outras produções afrocentradas. "Quando filmes como esse fizerem dinheiro, aí veremos uma proliferação dessas histórias sendo contadas", comentou Tennon. Ele e Davis foram recebidos no Rio de Janeiro por Lázaro Ramos e Thaís Araújo, que recentemente dirigiram e estrelaram o longa "Medida provisória", ficção que foca na experiência do brasileiro negro em um novo esquema de apartheid. Os dois filmes são exemplos da onda de obras que procuram mostrar nas telonas histórias afrocentradas, como o longa do diretor Jordan Peele "Pantera Negra" e a aposta brasileira para o Oscar de melhor filme internacional "Marte um".
Na noite de domingo (18), Davis concedeu uma entrevista ao Fantástico. Na conversa com a jornalista Maju Coutinho, deu detalhes de como foram as gravações do longa. Mais cedo, Davis ainda esteve no Cais do Valongo, no Centro do Rio, local conhecido por ser porta de entrada de escravos africanos no país, e visitou a Cidade do Samba, sendo recebida pela Mangueira. A atriz é conhecida por papéis em trabalhos como "Histórias cruzadas", em que interpretou a empregada doméstica Aibileen Clark, e como a enigmática advogada criminalista Annalise Keating, em "How to get away with murder", série que lhe rendeu um Emmy Award.