A Estação da Gávea, que integra a linha 4 do MetrôRio, foi a única a não cumprir o cronograma de inauguração prevista para antes da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Situada no subsolo do estacionamento da PUC-Rio e com gastos de obras que já somaram R$ 934 milhões, as obras estão paralisadas desde 2015 por falta de recursos do governo do Estado. Como medida de prevenção o consórcio Rio Barra, responsável pela obra, recomendou a inundação do túnel para mitigar os riscos estruturais nas construções do entorno do bairro. O governo, contudo, optou por outro caminho.

O governador Wilson Witzel anunciou o aterramento do túnel a um custo de 20 milhões a 30 milhões de reais para os cofres públicos, alegando não ter recursos disponíveis para continuar a obra, cuja conclusão custaria mais um bilhão de reais, aproximadamente. Após o anúncio, no dia 9 de setembro, os deputados estaduais da Frente Parlamentar em Defesa da Linha 4 do Metrô estiveram reunidos com Witzel. A reunião teve o objetivo de propor uma saída para a finalização das obras da estação Gávea. Segundo os parlamentares, a solução seria utilizar os recursos recuperados pela Operação Lava Jato para finalizar o restante das obras.

O projeto da linha 4 (16 Km), iniciado em 2010, previa a construção de seis estações ligando Ipanema (Zona Sul) à Barra da Tijuca (Zona Oeste): Nossa Senhora da Paz (Ipanema); Jardim de Alah (Leblon); Antero de Quental (Leblon); Gávea (não concluída); São Conrado (Rocinha) e Jardim Oceânico (Barra da Tijuca).