O tribunal misto formado para julgar o impeachment de Wilson Witzel decidiu, nesta quinta-feira (5), que o governador afastado e sua família terão que deixar o Palácio Guanabara, sede do governo estadual. A decisão foi tomada após votação com 10 deputados. Foram 6 votos a favor e 4 contra a proposta do relator, o deputado Waldeck Carneiro (PT). O mesmo declarou que entregará o pedido até segunda-feira e, a partir deste prazo, Witzel terá que deixar o palácio em até 10 dias.

A permanência depois do afastamento provisório gerou muitas críticas entre os deputados após a abertura do processo de impeachment. Em julho, no decorrer das investigações sobre o desvio de verba da saúde em meio à pandemia de Covid-19, uma solicitação de requerimento foi protocolada pelo deputado Anderson Moraes (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em caráter de urgência. Nesta, foi solicitada fazer do Palácio Guanabara um espaço cultural e, também, que a residência do governador fosse transferida para a Secretaria Estadual de Cultura. Porém, até agora, o projeto não foi votado.

No dia 4 de outubro, quando já estava afastado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Witzel foi fotografado no palácio fumando um charuto cubano e bebendo uísque durante uma entrevista para um jornal. Este episódio gerou mal-estar entre os parlamentares. Com o impeachment em fase final, o governador tem 20 dias para apresentar sua defesa.