Dez pessoas morreram e 362 ficaram feridas após um protesto que eclodiu na última quarta-feira (9) em Bogotá em virtude da morte do estudante de direito e taxista Javier Ordóñez, de 46 anos, após ficar sob custódia da polícia local. Segundo fontes, o rapaz recebeu diversos choques de dois agentes com uma arma tipo teaser mesmo após ter deitado no chão. Uma investigação foi aberta e os policiais foram afastados de suas funções.

Entre os feridos, 114 eram policiais. Cerca de 58 agentes civis foram baleados. Durante a onda de protestos, postos policiais, concessionárias e bancos foram invadidos e depredados. Ao todo, 70 pessoas foram detidas e levadas à delegacia. Durante os protestos, manifestantes denunciaram novos abusos de autoridade por parte da polícia colombiana. O presidente Iván Duque Màrquez, em pronunciamento, afirmou que haverá uma investigação rigorosa sobre o fato.

O vídeo da agressão contra Ordóñez gerou comoção e revolta nas redes sociais. Internautas compararam a morte do colombiano ao caso George Floyd, ocorrido em maio passado e que gerou grande debate público sobre excesso de força policial. Na noite da última quinta-feira (10), novos protestos ocorreram na capital colombiana. Javier deixou esposa e dois filhos.