Uso de reconhecimento facial no Brasil gera debates

Texto: Alexandra Machado • Foto: Pixabay 27/FEV/2020 Tecnologia
O aumento do uso da tecnologia de reconhecimento facial no Brasil tem levantado duas questões: o limite de interferência deste monitoramento na privacidade do cidadão, e seu real impacto na segurança pública. Para especialistas, o ponto principal não é a eficácia técnica das ferramentas de segurança, mas sim como é feito o cruzamento dos dados, sua origem e suas finalidade.

"Qual a base e objetivo desse monitoramento? É de fato a segurança pública, ou monitorar horários da população, hábitos de consumo?", questionou Adriano Assis, especializado em proteção de dados e direito digital, em entrevista ao G1.

No carnaval do ano passado, por exemplo, um homem foi preso em Salvador, capturado pelo sistema de reconhecimento adquirido pelo governo da Bahia. O caso repercutiu como modelo positivo do uso desse sistema, já que o homem era procurado por homicídio desde 2017.

Em contrapartida, erros por parte do algoritmo desse equipamento de segurança acontecem. No Rio de Janeiro, uma mulher também foi detida após ser identificada pelas câmeras, mas dessa vez houve engano. Ela foi solta logo depois, mas a situação acendeu novamente discussões, dessa vez sobre a precisão técnica da ferramenta.