Política e educação
Entenda a escola cívico-militar
Uma das maiores propostas do governo Bolsonaro teve seu início no mês de setembro. O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares prevê a implementação de 216 colégios até o ano de 2023 – 54 por ano. Alguns estados já adotaram a nova medida, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Ceará, Pará, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima, Amapá e o Distrito Federal.
De acordo com o MEC, o novo modelo de ensino será implantado em regiões onde há um baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e contará com a participação de militares da reserva das Forças Armadas para trabalhar nas escolas levando mais disciplina e organização. O investimento inicial será de 54 milhões de reais, dinheiro que será destinado para a melhoria de infraestrutura das unidades e pagamento de funcionários. “A demanda é gigantesca e tem tudo para ser um sucesso”, afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista para o portal do MEC.
Apesar da divulgação positiva, há profissionais da educação que discordam do novo projeto. “Não vejo uma ação necessária para a disciplina e organização. Outros métodos de ensino, sem ser a conduta militar, têm comprovada eficiência, como é o caso do Método Montessori, muito usado para o desenvolvimento da autonomia e disciplina do aluno”, afirma a pedagoga Ana Kerolayne Defáveri.